sexta-feira, 22 de maio de 2015

A Psicografia

  Além da psicofonia, mais vulgarmente conhecida como incorporação a psicografia e é um tipo de mediunidade de suma importância devido a sua amplitude de atingir mais pessoas como a fabricação de livros  e de ter mais poder de convencimento sobre a existência de Espiritualidade.
  Um grande médium que teve grande destaque na psicografia é o amado Chico Xavier psicografando mais de 400 livros,outros também tem destaque como Divaldo P. Franco,Yvonne do Amaral Pereira,Zilda Gama,Vera Lúcia Marinzeck e tantos outros.
  Apesar de aparentemente se tratar de uma tarefa simples, a psicografia exige muito treinamento e, acima de tudo, conhecimento da doutrina espírita, sem mencionar a necessidade de uma vigilância constante do médium, através da prática de um boa conduta, reforma interior baseada nos princípios da caridade moral, entre outras ações que auxiliam o tarefeiro estar sempre sintonizado com os bons espíritos.
   Allan Kardec nos explica no capítulo XV do Livro dos Médiuns, que na psicografia existem várias modalidades de mediunidade: mecânica, semimecânica, intuitiva, etc. No médium puramente mecânico, por exemplo, o movimento da mão independe de sua vontade, funcionando como uma máquina. Já o médium semimecânico participa de ambos os gêneros, sente que na sua mão uma impulsão é dada, mas ao mesmo tempo tem consciência do que escreve à medida que as palavras se formam. No médium intuitivo, por sua vez, o movimento é voluntário e facultativo, ele age como faria um intérprete. No primeiro, o pensamento vem depois do ato da escrita, no segundo, precede-o e no terceiro acompanha. Segundo Kardec, estes últimos tipos de médiuns são os mais numerosos.
  “O espírito livre, neste caso, não atua sobre a mão, para faze-la escrever, não a toma, não a guia, atua sobre a alma com a qual se identifica, a alma do médium sob esse impulso dirige a mão e esta dirige o lápis”, diz Kardec, acrescentando que “em tal circunstância o papel do médium não é de inteira passividade, ele recebe o pensamento do espírito livre e transmite. Nessa situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento, é o que chamamos de médium intuitivo. É possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser nunca preconcebido, nasce na medida que a escrita vai sendo traçada. Pode mesmo estar fora dos limites do conhecimento e capacidade dos médiuns”.
   No primeiro caso, o menos passível de validação experimental, o médium tem plena consciência daquilo que escreve, apesar de não reconhecer em si a autoria das ideias contidas no texto. Tem a capacidade de influir nos escritos, evitando informações que lhe pareçam inconvenientes ou formas de se expressar inadequadas.
  No segundo, o médium poderia até estar consciente da ocorrência do fenômeno, perceber o influxo de ideias, mas seria incapaz de influenciar voluntariamente o texto, que basicamente lhe escorreria das mãos. O impulso de escrita é mais forte do que sua vontade de parar ou conduzir voluntariamente o processo.
   No terceiro caso, o mais adequado para uma averiguação experimental controlada, o médium poderia escrever sem sequer se dar conta do que está fazendo, incluindo-se aí a possibilidade de conversar com interlocutores sobre determinado tema enquanto psicografa um texto completamente alheio ao assunto em pauta Isso porque, segundo Kardec, esses médiuns permitiriam ao espírito agir diretamente sobre sua mão ou seu braço, sem recorrer à mente.
  Além da doutrina espírita, há várias correntes espiritualistas em que é bem evidente a admissão da possibilidade de ocorrência desse fenômeno, como a Teosofia e a Umbanda.
  Entre os textos ditos psicografados encontram-se obras atribuídas a autores famosos — uns adeptos, em vida, de doutrinas compatíveis com esta prática, como Victor Hugo e Bezerra de Menezes, outros nem tanto, como Oscar Wilde e Camilo Castelo Branco.A Classificação das obras psicografadas, segundo o CIP-Brasil (do Sindicato Nacional dos Editores de Livros) é feita no tema Espiritismo, devendo ser citado como autor aquele que assina a obra, seguida da indicação de que foi um ser espiritual. Por exemplo: Ângelis, Joanna de (Espírito).
  Já para citações, segue-se o modelo: título, autor espiritual, médium, local, editora, ano e edição (da segunda em diante), como se vê no modelo:

Plenitude/ Joanna de Ângelis; psicografado por Divaldo Pereira Franco - Niterói, Arte & Cultura, 1991.

Em bibliotecas de instituições espíritas a autoria de obras psicografadas é atribuída ao espírito que as teria ditado; em bibliotecas normais a autoria é atribuída ao médium, com a referência à alegada autoria do espírito sendo indicada sob "Observações".

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