sábado, 30 de maio de 2015

O que é o que no Taro

  Titi Vidal  


    Acredito que todos os arcanos podem falar sobre qualquer assunto, a respeito de qualquer questão ou área de nossa vida. Por exemplo, uma Imperatriz pode falar de uma fase próspera profissional, com realização de projetos e lucros materiais, ou pode falar de um momento afetivamente pleno, de gravidez, do despertar do feminino, entre muitas outras coisas. É como a questão do positivo no tarô. Vejo que todas as cartas podem ser ao mesmo tempo positivas e negativas, depende sempre da tiragem, da pergunta, do posicionamento do jogo, entre outros fatores. Assim é com a significação das cartas também. Depende muito da pergunta, da disposição das cartas, do jogo feito, da interpretação e intuição do tarólogo. Ainda assim, podemos pensar de forma ilustrativa que arcano fala de que assunto, mas lembrando que analisar somente desta forma é tornar mais pobre a interpretação e o conteúdo do tarô. 
  
No caso dos arcanos menores isto fica mais fácil, pois de maneira bem genérica, podemos pensar que copas estão sempre ligadas ao amor, aos relacionamentos, ao estado emocional e a afetividade. Ouros sempre estarão relacionados ao dinheiro, as questões materiais, ao trabalho e a prosperidade. Paus são arcanos sempre relacionados a vontade, ao entusiasmo, a ação e a iniciativa. E espadas estão ligadas ao racional, ao intelectual, ao conceitual e aos pensamentos de maneira geral. Isto porque representam, respectivamente, os elementos água, terra, fogo e ar. É uma forma de se entender o tarô. E a partir daí podemos pensar em cada arcano menor como algo parecido sempre e relacionado com o naipe em questão. Por exemplo, um ás tende a ser um início, algo novo, que está nascendo e tem potencial para começar. Se for um ás de copas, estamos diante de um novo relacionamento. Se de ouros, de um trabalho novo. Um cinco sempre tende a falar de perdas e dificuldades. Se de copas, possivelmente que afeta o emocional do consulente, se de ouros, o dinheiro e o trabalho. Um rei será uma concretização, uma conquista, do assunto correspondente ao seu naipe. Talvez seja mais fácil, portanto, quando pensamos nos arcanos menores. Porém, olhando para os maiores, a visão dos arcanos fica muito limitada se fecharmos cada um deles para um único significado e assunto que ele representa. O que podemos pensar é o que cada um significa em cada um dos assuntos.
  Pensando novamente em exemplos, um imperador mostra algo que está conquistado, ou a necessidade de se ter mais estrutura, entre muitos outros significados. Mas pode estar relacionado ao trabalho, a saúde ou outro assunto qualquer. A roda da fortuna pode trazer mudanças bruscas, instabilidade, movimentação, e também pode ser em qualquer área ou assunto de nossa vida. Por estas razões entendo ser muito difícil qualificar arcanos maiores segundo assuntos, distribuindo-os por significados, fechando suas possibilidades. Acho que vale a pena entender o que cada um deles quer nos dizer em cada um dos assuntos e jogos que estão sendo analisados e interpretados pelo tarólogo.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Falange do Oriente






 Os orientais são entidades cultuadas na Umbanda e no  Omolocô,  que vieram ou tem ligação muito forte com o Oriente, alguns são mesmo orienteis outros não. Se dividem em várias falanges, das quais muito poucas são conhecidas. São várias entidades, como eu já disse, nem todos são orientais, alguns se apresentam como caboclos e pretos velhos. São muitos, e existem líderes para cada falange, como Caboclos Timbirí, caboclos japoneses, Pai Jacó (Jacob do oriente), preto-velho muito versado na Cabala Hebraica, e Caboclo Pena do Pavão, entidade que trabalha com espíritos de linha indiana.
A linha oriental fora muito forte nos anos 1950 e 1960, quando aqui veio muitos chineses pela imigração, foi quando também as tradições budistas e hindus afloraram mundo a fora, há nesta linha ainda espíritos ciganos de origem oriental, porém, aconteceu de esses espíritos ciganos comporem uma só linha da Umbanda, como já sabemos os ciganos hoje tem uma parcela significativa no corpo do Omolocô, os ciganos compõem uma própria linha com cultos e ensinamentos diferentes.Os principais chefes de todas as sub-falanges são São João Batista,Ogum do Oriente e Buda.

Algumas características

Os orientais gostam de receber as oferendas em campinas descampadas, praias desertas e matas, além de receberem em santuários ou congás domésticos e jardins reservados, as falanges são essas:

  • Falange dos indianos: é a falange que demonstra o caminho pela espiritualidade, como os indianos esses espíritos possuem grande vocação religiosa, é formada por antigos espíritos de mestres, sacerdotes, iogues, etc. É chefiada por Zartu,uma de suas divindades mais conhecidas é Ramatis. Como são antigos, são cheios de doutrina, disciplina e sabedoria.
  • Falange dos árabes e turcos: São espíritos guerreiros e aventureiros, espíritos de mouros, califas, sábios marroquinos, guerreiros nomâdes do deserto (tuaregs), há mestres judeus que dentro da Umbanda ensina a misteriosa doutrina da Cabala, e recentemente mestres turcos que começaram a ensinar os mistérios do Sufismo, é chefiada por Cocboclo  Jimbaruê, não ofereça nunca bebida alcóolica para eles, muitos são muçulmanos.
  • Falange dos chineses e mongóis: São espírtos de chineses, mongóis, tibetanos, japoneses, etc. Esses espíritos japoneses são considerados caboclos e caboclas, alguns dizem que são gueixas, samurais e ninjas. Nesse grupo trabalha curiosamente os esquimós, que são espíritos que conseguem direitinho tirar demandas de feitiços de magia negra, estão sobre a chefia de   Ori do Oriente. São muito invocados para situações muito graves.
  • Falange dos europeus: Como aparenta ser esses espírtos não são orientais mas esta linha do Omolokô, é muito sincrética, são espírtos para vencer a luta do cotidiano, aluta diária, são espíritos de sábios, guerreiros e magos, velhos,etc. São em sua maioria dos povos gauleses, romanos, escandinavos, ingleses, etc. Chefiada por Imperador Marcus I.
  • Falange dos egipcíos: Espíritos de magos, sacerdotes, sacerdotisas, reis e guerreiros, do Antigo Egito, pouco conhecida, chefiada por Caboclo Inhoaraí.
  • Falange dos maias, incas, toltecas: São espíritos de velhos, guerreiros, magos e sacerdotes, dos povos pré-colombianos, que habitavam a América antes dos colonos, que pertencem aos maias, astecas, toltecas, incas, etc. São para guia espiritual, tem ainda espíritos apaches e xamãs, chefiada por Caboclo Itaraiaci.
  • Falange dos médicos e sábios: Os seres desta falange são especializados na atre da cura, e de outras terapias medicinais, são de diversas origens, etnias, povos, etc. Está por chefia de  José de Arimatéia.
  • Falange de Simirômba: Espíritos que foram padres,madres,frades e freiras que serviram a caridade dando de sí para o proximo chefiados por São Francisco de Assis.

sábado, 23 de maio de 2015

Os Animais nos Arcanos Maiores do Taro


Betôh Simonsen

Muitos entre nós já estamos conscientes da necessidade de integrarmos nossos corações e mentes para atingirmos um maior nível de realização.
Tenho notado que mesmo com uma mente clara e com objetivos e emoções equilibrados, muitas vezes as coisas não fluem tão bem como gostaria. Tenho refletido sobre isto.
Mesmo não concordando com a afirmação de que somos totalmente responsáveis pelo nosso destino, pois sei que existem influências que estão além de nosso controle, sem dúvida podemos fazer muito mais.
Percebo que a chave que tem nos faltado é integrarmos de alguma forma os aspectos instintivos em nossa personalidade.
Nossa psique é no mínimo curiosa: apesar de sermos uma pessoa, temos múltiplas personagens internas que podem ser mais ou menos cooperativas com nossa consciência central. Alguns arquétipos são mais conhecidos, como a criança interna, o velho sábio e outros. Mas, aqui, irei falar de nossos animais internos.
Para isto irei recorrer a algumas figuras de animais presentes nos arcanos maiores do Tarot.
Na carta do Louco, vemos um pequeno animal, que em alguns baralhos é um felino e em outros um pequeno cachorro. A grande virtude do Louco é sua total entrega e confiança radical naquilo que faz, sem um segundo pensamento. Vejo que, quando está no seu nível atrapalhado, o animal procura alertá-lo do perigo (o antigo instinto de sobrevivência) e no nível mais amadurecido o animal pode significar seus medos e inseguranças, as prisões a antigas crenças e padrões, que o impedem ou pelo menos criam dificuldades de viver com total naturalidade e desprendimento. Em casos assim devemos parar e prestar atenção à sua mensagem e decidirmos se devemos acalmá-lo ou modificarmos nosso rumo.

No arcano da Lua, vemos 3 animais: dois cachorros ou lobos que parecem postado como sentinelas e um caranguejo. Pois bem, as sentinelas me parecem nossas defesas e o caranguejo, que anda de costas, pode penetrar em nossos conteúdos passados, conscientes ou inconscientes. Os passos me parecem estes: trazermos os conteúdos de nosso baú à nossa consciência, procurarmos equilibrá-los, integrá-los ou dissolvê-los pedindo em nosso auxílio a força do Hierofante e continuarmos nosso caminho.

Na carta da Força temos nosso Leão interno, o rei dos animais, totalmente sintonizado com nossa alma, o que poderá facilitar alcançarmos sem esforço ou controle aquilo que é necessário neste momento.
Nestas e em outras situações, o mais importante será alcançar a harmonia, que pode ser entendida como um padrão de ressonância divino, que poderá se manifestar nos diversos aspectos de nosso ser.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

A Psicografia

  Além da psicofonia, mais vulgarmente conhecida como incorporação a psicografia e é um tipo de mediunidade de suma importância devido a sua amplitude de atingir mais pessoas como a fabricação de livros  e de ter mais poder de convencimento sobre a existência de Espiritualidade.
  Um grande médium que teve grande destaque na psicografia é o amado Chico Xavier psicografando mais de 400 livros,outros também tem destaque como Divaldo P. Franco,Yvonne do Amaral Pereira,Zilda Gama,Vera Lúcia Marinzeck e tantos outros.
  Apesar de aparentemente se tratar de uma tarefa simples, a psicografia exige muito treinamento e, acima de tudo, conhecimento da doutrina espírita, sem mencionar a necessidade de uma vigilância constante do médium, através da prática de um boa conduta, reforma interior baseada nos princípios da caridade moral, entre outras ações que auxiliam o tarefeiro estar sempre sintonizado com os bons espíritos.
   Allan Kardec nos explica no capítulo XV do Livro dos Médiuns, que na psicografia existem várias modalidades de mediunidade: mecânica, semimecânica, intuitiva, etc. No médium puramente mecânico, por exemplo, o movimento da mão independe de sua vontade, funcionando como uma máquina. Já o médium semimecânico participa de ambos os gêneros, sente que na sua mão uma impulsão é dada, mas ao mesmo tempo tem consciência do que escreve à medida que as palavras se formam. No médium intuitivo, por sua vez, o movimento é voluntário e facultativo, ele age como faria um intérprete. No primeiro, o pensamento vem depois do ato da escrita, no segundo, precede-o e no terceiro acompanha. Segundo Kardec, estes últimos tipos de médiuns são os mais numerosos.
  “O espírito livre, neste caso, não atua sobre a mão, para faze-la escrever, não a toma, não a guia, atua sobre a alma com a qual se identifica, a alma do médium sob esse impulso dirige a mão e esta dirige o lápis”, diz Kardec, acrescentando que “em tal circunstância o papel do médium não é de inteira passividade, ele recebe o pensamento do espírito livre e transmite. Nessa situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento, é o que chamamos de médium intuitivo. É possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser nunca preconcebido, nasce na medida que a escrita vai sendo traçada. Pode mesmo estar fora dos limites do conhecimento e capacidade dos médiuns”.
   No primeiro caso, o menos passível de validação experimental, o médium tem plena consciência daquilo que escreve, apesar de não reconhecer em si a autoria das ideias contidas no texto. Tem a capacidade de influir nos escritos, evitando informações que lhe pareçam inconvenientes ou formas de se expressar inadequadas.
  No segundo, o médium poderia até estar consciente da ocorrência do fenômeno, perceber o influxo de ideias, mas seria incapaz de influenciar voluntariamente o texto, que basicamente lhe escorreria das mãos. O impulso de escrita é mais forte do que sua vontade de parar ou conduzir voluntariamente o processo.
   No terceiro caso, o mais adequado para uma averiguação experimental controlada, o médium poderia escrever sem sequer se dar conta do que está fazendo, incluindo-se aí a possibilidade de conversar com interlocutores sobre determinado tema enquanto psicografa um texto completamente alheio ao assunto em pauta Isso porque, segundo Kardec, esses médiuns permitiriam ao espírito agir diretamente sobre sua mão ou seu braço, sem recorrer à mente.
  Além da doutrina espírita, há várias correntes espiritualistas em que é bem evidente a admissão da possibilidade de ocorrência desse fenômeno, como a Teosofia e a Umbanda.
  Entre os textos ditos psicografados encontram-se obras atribuídas a autores famosos — uns adeptos, em vida, de doutrinas compatíveis com esta prática, como Victor Hugo e Bezerra de Menezes, outros nem tanto, como Oscar Wilde e Camilo Castelo Branco.A Classificação das obras psicografadas, segundo o CIP-Brasil (do Sindicato Nacional dos Editores de Livros) é feita no tema Espiritismo, devendo ser citado como autor aquele que assina a obra, seguida da indicação de que foi um ser espiritual. Por exemplo: Ângelis, Joanna de (Espírito).
  Já para citações, segue-se o modelo: título, autor espiritual, médium, local, editora, ano e edição (da segunda em diante), como se vê no modelo:

Plenitude/ Joanna de Ângelis; psicografado por Divaldo Pereira Franco - Niterói, Arte & Cultura, 1991.

Em bibliotecas de instituições espíritas a autoria de obras psicografadas é atribuída ao espírito que as teria ditado; em bibliotecas normais a autoria é atribuída ao médium, com a referência à alegada autoria do espírito sendo indicada sob "Observações".

sábado, 9 de maio de 2015

Tarot & Reiki - Integrando as Artes


Jaime E. Cannes


Quando conheci o tarô fiquei encantando com suas revelações, tanto práticas quanto psicológicas, do momento vivido por quem procurava as cartas! Sua precisão e profundidade me causaram forte impressão, tanto quanto nas pessoas para quem eu lia suas mensagens. Com o tempo, e diante de tantas dores da alma que expunham suas feridas diante de mim, comecei a sentir falta de algo que auxiliasse, para além das palavras, aquelas pessoas que buscavam meu auxílio.  A terapia floral me pareceu a mais próxima e acessível dentre todas as técnicas terapêuticas à disposição na época. Era fácil passar um receituário orientado paras as principais questões levantadas na sessão com os arcanos. Da mesma forma era bem fácil as pessoas não se comprometerem com seus florais, tomando-os de vez em quando ou simplesmente perdendo a receita.
 
Em 1992 conheci pelas mãos de uma grande curadora e amiga o reiki. Essa pessoa havia se dedicado às artes de cura depois de ter se curado de um câncer e tinha um carinho especial pelo reiki, pois dizia que gostava muito da aplicação dos seus símbolos, que ficavam atuando no campo energético das pessoas pelo tempo que o Eu Superior de cada um permitisse.
Quatro anos se passaram até que finalmente me iniciasse no reiki, e depois mais quatro para que eu o incluísse como um dos meus serviços de terapia complementar. Hoje, quando olho para trás, vejo o quão foi válida a inclusão desta técnica nos meus cuidados terapêuticos com os clientes. O reiki requer um nível considerável de comprometimento com a cura pessoal, já que envolve sessões regulares pré-agendadas.
O tarot continua sendo o grande aparelho de raio-x simbólico que me revela como as coisas estão “por dentro”, um mapa da alma que me mostra por onde seguir. Depois de escolhido o número de tratamentos, aconselho aos clientes para darem mais uma espiadinha no espelho claro dos arcanos para ver como ficou o ambiente interno depois do tratamento completo. Ou seja, uma consulta antes e outra depois das aplicações serve como check-up
do campo vibracional e de consciência daquele que recebeu as aplicações de reiki. A melhora do quadro emocional é impressionante! Sem falar no revigoramento psíquico e físico que se seguem!
Com o tempo notei que para mim mesmo as mudanças foram significativas e profundas. As sessões reiki apaziguaram a minha mente, aquietaram minhas próprias emoções e me trouxeram uma profunda compaixão por aquelas pessoas que se colocavam sob meus cuidados. Algumas, inclusive, dormiam profundamente! Como Quíron, vi no caminho da dor do outro um atalho para curar a ambos.
Costumava ver a mim mesmo como o condutor de uma fantástica locomotiva de setenta e oito vagões que conduzia as pessoas a um passeio incrível por sua própria história. Vendo paisagens que passaram desapercebias e revendo outras com mais atenção e profundidade, e que ao final da jornada juntava significados e revelava prognósticos. Desde que o reiki entrou em minha vida, porém, eu vi essa viagem estender-se mais um pouco, até o tratamento, que é oferecido como um abrigo depois da árdua jornada. Um momento para sentar, conversar, refletir, meditar, repor as forças e receber a dádiva maravilhosa da energia ki através do toque suave da cura reiki. A aventura que começou no ano 2000, quando me tornei Mestre reiki, hoje dá frutos maduros na seara de minha vida e do meu trabalho. Criou-se uma conexão intensa entre as duas práticas e não consigo imaginar como seria uma sem o recurso da outra. Claro que há pessoas que preferem o tarot sem nenhum tratamento posterior. A interpretação dos arcanos parece ser curativa o bastante para essas pessoas. Aqueles, porém, que se aventuram a ir mais fundo e aceitam o tratamento, dizem ter aproveitado melhor assim os temas levantados na consulta
Por isso tudo, deixo aqui meu profundo agradecimento aos meus Mestres reiki Gislaine de Simoni, Laura Larangeira e Upanishad Kessler por me iniciarem neste caminho mágico e gratificante, bem como à minha amiga e curadora Lenise Ramya por ter me apontado a direção! Foram luzes brilhantes em minha estrada. Obrigado e Namastê

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Oração a São João Batista


São João Batista, voz que clama no deserto: "Endireitai os caminhos do Senhor. Fazei penitência, porque no meio de vós está quem vós não conheceis e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias", ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo".

São João, pregador da penitência, rogai por nós.

São João, precursor do Messias, rogai por nós.

São João, alegria do povo, rogai por nós. Amém.

sábado, 2 de maio de 2015

Numerologia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Conceitos


O conceito de Numerologia abrange supostas relações místicas entre números e a vida das pessoas. São vários os sistemas, tradições e crenças. Numerologia e advinhações por meio de sistemas como a isopsefia foram populares entre os antigos matemáticos, como Pitágoras. Porém, hoje em dia a Numerologia é tida como uma pseudomatemática pelos cientistas. 1 2

Hoje, a numerologia é associada com paranormalidades, junto com a astrologia e outras artes de advinhação.3 O termo também é usado para designar uma fé maior em padrões numéricos, mesmo quando não se pratica a real numerologia. Por exemplo, o livro Numerology: Or What Pythagoras Wrought (1997) do matemático Underwood Dudley usa o termo para se referir aos gurus do “Elliott wave principle” para análise de mercado de ações.

História

A numerologia moderna contém muitos aspectos de uma grande variedade de culturas e antigos professores, incluindo a Babilônia, Pitágoras e seus seguidores (na Grécia, 6º século a.C.), filosofia astrológica da Alexandria helenística, o sistema da Cabala dos Hebreus, o antigos Cristianismo místico e Gnosticismo, os Vedas Indianos, o "Círculo dos Mortos" da China, o Livro dos Mestres da Casa Secreta (Ritual dos Mortos) do Egito. 4

Pitágoras e outros filósofos da época acreditavam que pelo fato dos conceitos matemáticos serem mais “práticos” (fáceis para classificar e regular) que os da física, eram mais reais.

Santo Agostinho (354–430 d.C.) escreveu "os Números são a Linguagem Universal ofertada por Deus aos humanos como confirmação da verdade." De modo similar a Pitágoras, ele também acreditava que em tudo havia relações numéricas e ele estava decidido a procurar e investigar os segredos dessas relações com as coisas reveladas pela graça divina. Ver sua obra “Numerologia e os Pais da Igreja” para entender os antigos conceitos cristãos. Porém, isso tudo não significa que Pitágoras possa ser considerado como “pai” da Numerologia, ele apenas começou a pavimentar o caminho para a observação de números como arquétipos e não simples numerais.

Em 325 d.C. após o Primeiro Concílio de Niceia, atitudes da Igreja a favor dessas crenças foram classificadas como violações civis pelo Império Romano. A Numerologia não encontrou mais apoio com as autoridades cristãs da época e foi classificada no campo das crenças não aprovadas junto com a Astrologia e todas outras formas de advinhação e magia. Mesmo sendo expurgada pela religião, a significância atribuída aos números dittos “sacros” não desapareceu. Muitos números como "888”, o número de Jesus, foram comentados e analisados por Doroteu de Gaza e a numerologia ainda é muito considerada, ao menos pela ala conservadora da Igreja Ortodoxa Grega.5 6 Numerologia se fez proeminente com o Discurso “The Garden of Cyrus”, escrito pelo proeminente Sir Thomas Browne em 1658. Em suas páginas o autor tenta demonstrar que o número cinco e o relacionado padrão Quincuncepodem ser encontrados nas artes, desenhos e na natureza, em especial na botânica.

A Numerologia moderna tem vários antecedentes. O livro Modern Numerology, The Power in Numbers de Ruth A. Drayer (Editora “Square One”) informa que por volta da transição entre os séculos XVII e XVIII, Mrs. L. Dow Balliett combinou os trabalhos de Pitágoras com referências da Bíblia. Assim, em 23 de outubro de 1972, Dr. Juno Jordan , estudante de Balliett, fez progredir essas numerologia e criou o que hoje se chama "Pythagorean", mesmo que Pitágoras não tivesse nenhuma relação com isso.

Métodos

Definições numéricas

Não há definições definitivas e padronizadas para significados específicos dos dígitos. Aguns exemplos mais comuns são:7

1. Individual. Agressor. Yang.
2. Equilíbrio. União. Receptividade. Yin.
3. Comunicação/interação. Neutralidade.
4. Criação.
5. Ação. Inquietude.
6. Reação/fluxo Responsibilidade.
7. Pensamento/Consciência
8. Poder/sacrifício.
9. Alto nível de mudança.

Chineses

Alguns Chineses atribuem diferentes conjuntos de significados aos números a um certo número de combinações que são considerados com mais ou menos fortuna do que outros. Em geral, números pares são considerados de boa sorte, uma vez que essa boa sorte geralmente vem em pares.

A medicina tradicional chinesa (MTC) e suas disciplinas associadas, tais como a acupuntura, baseia sua "ciência" em “associações numéricas mésticas”, como os “12 vasos circulando sangue e ar correpondem as 12 rios fluindo rumo ao Reino Central; e as 365 partes do corpo, uma para cada dia do ano” correpondem as bases para localizar os pontos de acupuntura. 8

Os Cantoneses frequentemente associam as seguintes definições (com base nos seus sons), que podem diferir das outras línguas da China:

一 jɐ́t  — de certo
二 ji̭ː  — fácil 易 ji̭ː
三 sáːm  — vivo 生 sáːŋ
四 sēi  — considerado de má sorte pois 4 tem o mesmo som da palavra para morte ou sofrimento 死 sěi, mas em língua de Shanghai é homófone de água (水) e é considerado de boa forte, pois a água é associada ao dinheiro.
五 ŋ̬  — o próprio, eu, eu mesmof 吾 ŋ̭, nada, nunca 唔 ŋ, m;
六 lùːk &  — Profanidade Cantonesa, palavra vulgar - em Cantonês.
八 pāːt  — sorte inesoerada, prosperidade 發 fāːt
九 kɐ̌u  — demorado, tempo longo 久 kɐ̌u|, suficiente 夠 kɐ̄u ou Profanidade Cantonesa, palavra vulgar, derivado de cão 狗 kɐ̌u - em Cantonês.
Algumas combinações de “boa sorte” são:

99 — duas vezes longevo, talvez eterno; usado como nome de um polpular rede Sino-Americana de Supermercados da Chinaa “99 Ranch Market”.
168 — muitos dos números de telefone com taxas reduzidas e promoções começam por esses números, considerado de muita sorte. Também é o nome de uma rede de motéis na China. (Motel 168).
518 — Eu hei de prosperar.
814 — Similar ao 168, significa "seja saudável, vida plena". 148 tem significado similar "vida plena, seja saudável".
888 — Três vezes prosperidade, "saudável saudável, saudável".
1314 — vida completa e longa, existência.
289 — facilidade para obter suficiente felicidade/sorte e mantê-la por muito tempo. (2 é fácil, 8 é fortuna, 9 é suficiente e/ou por muito tempo)

Da Índia


1, 10, 19, 28 são regidos pelo Sol, contagem 1 para letras: AIJQY
2, 11, 20, 29 são regidos pela Lua, contagem 2 para letras: BCKR
3, 12, 21, são regidos por Júpiter contagem 3 para letras: GLS
4, 13, 22, 31 são regidos por Rahu, contagem 4 para letras: DMT
5, 14, 23, são regidos por Mercúrio, contagem 5 para letras: NE
6, 15, 24 are são regidos por Vênus, contagem 6 para letras: UVWX
7, 16, 25 são regidos por Ketu contagem 7 para letras: OZ
8, 17, 26 são regidos por Saturno, contagem 8 para letras: FHP
9, 18, 27 são regidos por Marte, sem letras para 9
Os seguintes números de sorte são comuns com os da China:

518 — Eu vou prosperar
814 — Similar ao 168, que significa "ser saudável, vida plena". O Número 148 também tem o mesmo significado de "vida plena sendo saudável".
888 — Três vezes a prosperidade - "saudável saudável saudável".
1314 — Todo tempo de vida, existência.
289 — facilidade para obter suficiente felicidade/sorte e mantê-la por muito tempo. (2 é fácil, 8 é fortuna, 9 é suficiente e/ou por muito tempo)

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Biografia:Monsenhor José Silvério Horta

Monsenhor José Silvério Horta nasceu no dia 20 de junho de 1859, na Fazenda Monte Alegre, situada no Município de Mariana, em Minas Gerais.
Seus pais foram José Caetano Ramos Horta e Ana Jacinta de Figueiredo Horta.
Em Mariana, fez os estudos das Humanidades, de Filosofia, de Cânones e de Teologia, tendo como melhor mestre Dom Antonio Correa de Sá e Benevides, que parecia adivinhar o belo futuro que estava reservado para o seu discípulo.
Tinha 27 anos quando o citado Bispo da Diocese, passando por Macaúbas-MG, em visita pastoral, conferiu-lhe o presbiterato, a 3 de junho de 1886, na capela do Convento da Ordem Franciscana Concepcionista.
A Princesa Imperial Regente, Isabel, pela carta de 13 de outubro de 1887, apresentou-o como Cônego do Cabido da Sé primacial de Minas Gerais.
Secretário do Bispado, entre 1898 e 1928, ocupou interinamente o lugar de Vigário-Geral entre 1919 e 1923.
Considerando seus grandes e numerosos méritos, a Santa Sé houve por bem honrá-lo com os títulos de Camareiro Secreto e Prelado Doméstico do Papa. Sobre ele, escreveu o historiador Cônego Raymundo Trindade:

"Monsenhor Horta foi o nome mais largamente conhecido na diocese e por todo o Estado de Minas Gerais. Proverbial e comovedor o seu amor pelo pobre, sendo ele pobre e dos mais pobres. Foi o mais humilde dos eclesiásticos do seu tempo, ao mesmo tempo que foi, entre eles, o mais insigne do Arcebispado. Somente dispunha de si e do seu tempo para se tornar útil aos outros. De tal sorte se impôs por suas heroicas virtudes, que a sua bênção, deveras prodigiosa, era solicitada, diariamente, por levas e levas de romeiros que, para recebê-la, vinham dos pontos mais recuados do Brasil. A todos atendia com bondade, paciência e humildade sobre-humana".

Franzino, a sua constituição física revelava que a sua saúde não era das melhores. Mas a sua fortaleza interior mostrava o vigor do seu espírito sempre ativo e generoso na prática do bem.
Vestia-se pobremente, com a singeleza que não dispensa o asseio. Quanto a esse particular, parecia com Agostinho, que se envergonhava de andar luxuosamente vestido com roupas ricas.
A sua pobreza voluntária não era confundida com a pobreza suportada. Sentia-se bem nos rigores dela, comovendo todos do seu tempo.
A caridade foi a virtude que o sublimou.
Em muitos lares fez com que a paz e o amor voltassem a reinar. Promoveu a reconciliação de inimigos que pareciam rancorosos. Consolou muitos aflitos que viviam feridos na carne e na consciência. Enxugou muitas lágrimas. Atendeu os enfermos que chegavam à sua casa procurando a cura dos males do corpo e do espírito. Muitas almas endurecidas e fechadas pelas decepções da vida ele abriu para o amor a Deus, como o Sol faz abrir a corola da flor que a noite fechou.
Para todos, o que havia de mais reconfortante e tranquilizador era encontrar a sua ternura, a sua piedade e a sua compaixão.
Todos sabiam que podiam contar com ele, pois tinham bom lugar no seu coração. Sobretudo os que padeciam de miséria, que é a falta do necessário.
Via no pobre faminto, no necessitado de roupa, de pão e de teto, a verdadeira imagem de Cristo, imagem viva que padece, sentindo frio, estando desabrigado, não tendo o que comer, e sofrendo o abandono e o desprezo de muitos cristãos (conforme Evangelho de Mateus, capítulo XXV, versículos 31 a 46).
Quem o via pela primeira vez sentia-se perto de um S. Luiz Gonzaga ou de um Vicente de Paulo, não somente pela paciência de suas palavras, mas também pela suavidade encantadora com que eram proferidas, envolvidas na piedade e na fé. Possuía também uma erudição pouco comum, sendo profundo conhecedor do latim, português e outras línguas. Inúmeras foram as curas prodigiosas pela água que ele abençoava. Vários foram os possessos e desequilibrados que socorria, incluindo as entidades que se manifestavam pelos doentes. Pobre, extremamente pobre, sua vida foi reflexo de sua alma. Praticava a caridade sem olhar a quem beneficiava, e era tão estimado que por onde passava não tinha um momento de descanso. Levantava-se cedo, regularmente às seis da manhã. Orava por uma hora. Às sete, celebrava a missa, as quais gastava quase uma hora (nos últimos anos) por já estar abatido pela doença e pela vista fraca. Quando terminava a cerimônia, consagrava-se à atenção aos pobres, doando-lhes alimento e consolo. Nessa atividade, esquecia-se muitas vezes da refeição matinal. Depois do almoço (sempre frugal), descansava 15 minutos e dedicava-se a responder as cartas (com pedidos) que lhe chegavam de várias partes do país. Terminado esse trabalho, entrava em oração para depois retornar ao contato com os pobres. Esse atendimento ia até às 21 horas, com os corredores e salas de sua residência cheias de pessoas esperando pela sua atenção. 
Se a vida de Monsenhor Horta foi de um justo, o seu falecimento o foi também. Não se sentindo bem na tarde de 29 de março, solicitou que lhe chamassem seu confessor, a quem fez compungidamente a confissão, pedindo-lhe também que lhe administrassem a extrema unção.
Às nove horas do dia 30 de março voltaram os sintomas alarmantes, que o fizeram outra vez pedir a presença do seu confessor, que, atendendo-o imediatamente, o encontrou em aflição e, à sua entrada no quarto, Monsenhor Horta pôs-se de joelhos sobre o leito, dizendo-lhe comovido: "Peço-lhe a caridade de me absolver de todos os pecados da minha vida passada", tendo-lhe sido as últimas palavras que expressou.
O seu funeral efetuado na tarde do dia seguinte foi uma verdadeira apoteose, calculando-se em perto de 5 mil pessoas vindas de Ouro Preto e de outros lugares.



Mensagem

Estrada Real




Filhos, a estrada real para Deus

 chama-se Caridade.

 Nela, todos os regulamentos

 e indicações guardam a mesma essência.

O roteiro é caridade.

 O sentimento é caridade.

A ideia é caridade.

 O passo é caridade.

 O veículo é caridade.

A palavra é caridade.

 O trabalho é caridade.

 O movimento é caridade.

 O repasto é caridade.

 O aviso é caridade.

 A cooperação é caridade.

 A meta é caridade.

 Junto de todas as pessoas e em todas as circunstâncias na grande viagem, as atitudes são do mesmo sentido.

 Caridade para com amigos.

 Caridade com adversários.

 Caridade com os bons.

 Caridade com os menos bons.

 Caridade com o próximo.

Caridade com os ausentes.

Caridade com os felizes.

Caridade com os menos felizes.

 Caridade com os justos.

Caridade com os menos justos.

Em todos os momentos, a diretriz será sempre Caridade. E crede que não há redundância em nossas palavras. Reflitamos juntos e a meditação fará diferença.

(Extraído do Livro "O Espírito da Verdade", edição FEB, psicografia Francisco Cândido Xavier)

Outras mensagens de Monsenhor Horta serão divulgadas aqui no blog.