sábado, 1 de agosto de 2015

Tarô - o caminho do guerreiro

Alcides de Paula Chagas Neto

  Nomeei este texto de “Tarô – o caminho do guerreiro” porque o tarô é o caminho do conhecimento, e o caminho do conhecimento é um caminho de mistérios. Para se penetrar nos caminhos do mistério, deve-se viver como um guerreiro. Ser um guerreiro não significa que se quer fazer guerra, como as que fazem os homens comuns, mas sim a única forma de combate que vale a pena ser vivido, que é o Bom Combate, ou seja, o combate interno, contra as nossas “imperfeições”, pois só assim, se pode compreender o sentido das palavras citadas e se viver o caminho a ponto se um dia se tornar o caminho.
  Não me considero totalmente um guerreiro por acreditar que para ser realmente um guerreiro, o caminhante deve vencer, pelo menos em boa parte, a si mesmo. Por esse motivo utilizo mais freqüentemente as palavras caminhante ou estudante, já que até podermos afirmar que somos realmente guerreiros, temos de dar mostras disso em nossa palavras, atos e pensamentos.
    Em nossa escola, que segue a Tradição Antiga do Tarô – que, inclusive é respaldada pela Ordem   Rosacruz –, a qual está perdida nas brumas do tempo, e que tem sido recuperada aos poucos, ensina-se que o estudo do tarô é constituído de 20 ciclos, onde cada ciclo é, por sua vez, constituído de 20 níveis e cada nível de 20 portais, sendo ainda que, em cada portal, se passa pelos 22 arcanos maiores.
Portanto, há a necessidade de se conhecer e compreender a essência dos ensinamentos dos arcanos maiores em toda a sua profundidade, pois é nesses arcanos que estão as chaves secretas para essa jornada. Cada arcano contém em si as chaves para o arcano seguinte, que significa um passo na passagem dos portais, e também as chaves para transpor cada portal, trilhar cada nível e cada ciclo.
  O tarô é tão vasto e complexo em sua estrutura e significação que é impossível querer ou pretender saber e conhecer tudo sobre ele. Seria o mesmo que pretender, em nossa pequenez humana, insinuar que se tenha conhecimento da sabedoria divina.
   Cada lâmina representa um conjunto de símbolos, cada símbolo a uma Ideia, e esta a um conceito, que pode ser explorado ao máximo de suas significações e possibilidades, o que nos dá um potencial de alcance inimaginável. Além disso, também está associada a um número, que pode ser associado à ideia intrínseca da carta, ou nos remeter a outros valores que vão abrindo cada vez mais o leque de probabilidades e possibilidades.
    O tarô não nos fala somente do caminho iniciático, mas também nos fala da atuação neste mundo do homem comum, do não-iniciado, que não conhecendo as forças que regem o destino de todos os homens, são, em geral, meros marionetes nas mãos dessas forças fabulosas e misteriosas e do destino.
É fundamental que estudante do tarô compreenda que o tarô, em suas simbologias abrange todos os aspectos da vida, é atemporal, ou seja, mesmo que tenha sido criado há milhares de anos – pois, segundo nossa escola, que segue uma tradição muito antiga, o tarô foi criado na Atlântida, e esta foi tragada pelo mar há aproximadamente 13.000 anos – é sempre atual. Isso porque foi estruturado para desempenhar a função de um orientador espiritual, que independe de tempo, região, cultura, credo religioso, etc.
   Suas cartas, ou lâminas, contém um conhecimento que transcende todas as pequenas concepções humanas. O tarô contém em si todos os ensinamentos dos grandes mestres da humanidade, justamente porque eles não vieram falar por si próprios, mas falavam em nome da consciência universal, que eles conheciam e viviam.

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