sábado, 28 de março de 2015

A Papisa na Jornada do Herói - A Mãe Celestial


 Ao oposto do Mago a Papisa ela principia o lado passivo, receptivo. Simbolizando a disposição paciente de deixar-se conduzir e de esperar o momento de reagir ao impulso (simbolizado do Mago, o principio masculino). Como ela sabe que todas as coisas têm o Tempo certo, consegue deixar as coisas acontecerem sem interferir ansiosamente. É a confiança da voz interior, que nos indica determinado caminho a seguir, quando e como devemos agir... Ou reagir. 
 No Tarô de Waite está sentada entre as duas colunas abertas, trazendo as letras B e J, de acordo com a Bíblia o Rei Salomão mandou construir duas colunas com as iniciais B e J. Significando os nomes Boaz e Joaquim (2Crônicas 3:17 e Reis 7:21).O significado dessas colunas ninguém sabe e também tem especulado muito sobre os seus nomes,uma dessas origens seria na maçonaria,na carta do Tarô uma é preta e a outra é branca,como luz e travas,dia e noite,verão e inverno,outono e primavera,onde Papisa fica no centro dessa polaridade ,porque ambos os lados valem muito para ela. 
 Ela não separa e nem avalia, pois sabe que a união de dois pólos resulta num todo, diante disto seria conseqüente unir as ler as letras como Baal e Javé. Baal era o consorte da Rainha do céu canaanita, Astatre, cujo era o lunar ao passo que Javé (Jeová), o Deus do Velho Testamento era um Deus de luz - como todas as divindades patriarcais combatiam as trevas. 
 Para a Papisa ambos os lados têm seu valor, porque todas as separações são falsas porque na realidade. No intimo conhecemos a totalidade,quando saímos das Trevas e vamos à Luz,celebrando a comunhão de suas limitações e valorizações. A sabedoria do colo expressa na Papisa vem da Torá, ela não acreditava literalmente nos textos, mas no verdadeiro sentidos das suas palavras, o mesmo e expresso em Santa Maria: “Maria, conservava todas as estas recordações e a meditava em seu coração”. 
 O mesmo é feito nas fases da fase da Lua crescente, cheia e minguante que alem de acentuar sua natureza cíclica também representa a consciência lunar existente na carta.A Papisa representa o mundo dos sonhos,a intuição ,a intuição dos inter-relacionamentos.É a fonte de inspiração mais profunda quanto mais diminui a consciência solar,entramos cada vez mais num estado de penumbra. 



Aspectos Particulares

Nome: A Papisa ou A Grande Sarcedotisa
Arquétipo: A Rainha do Céu
Tarefa: Esperar pacientemente, pelo momento certo, ser receptivo, ser um eco, manter-se a disposição.
Objetivo: Certeza intuitiva, consciência profunda. Sentir inter-relacionamentos,
Compreender sonhos e prever desenvolvimentos.
Risco: Fuga da Realidade, hesitação, indecisão duradoura.
Disposição Intima:Poder deixar as coisas acontecer,ter confiança por saber que é orientado,ficar inspirado num estado de consciência alterada.

sexta-feira, 27 de março de 2015

O Livro Médiuns :O Papel dos médiuns nas comunicações


— É uma questão de palavras que pouco nos importa, desde que vos entendais. Sois livres de chamar homens a um fantoche.





223. 1. No momento em que exerce a sua faculdade o médium se acha em estado perfeitamente normal?

— Às vezes se acha num estado de crise mais ou menos definido. É isso que o fadiga e é por isso que necessita de repouso. Mas, na maioria das vezes, seu estado não difere muito do normal, sobretudo nos médiuns escreventes.

2. As comunicações escritas ou verbais podem ser também do próprio Espírito do médium?

— A alma do médium pode comunicar-se como qualquer outra. Se ela goza de um certo grau de liberdade, recobra então as suas qualidades de Espírito. Tens a prova na visita das almas de pessoas vivas que se comunicam contigo, muitas vezes sem serem chamadas. Porque é bom saber que entre os Espíritos que evocas há os que estão encarnados na Terra. Nesses casos eles te falam como Espíritos e não como homens. Por que o médium não poderia fazer o mesmo?

2. a . Esta explicação não parece confirmar a opinião dos que acreditam que todas as comunicações são do Espírito do médium e não de outro Espírito?

— Eles só estão errados por entenderem que tudo é assim: Porque é certo que o Espírito do médium pode agir por si, mas isso não é razão para que outros Espíritos não pudessem agir também por seu intermédio.

3. Como distinguir se o Espírito que responde é o médium ou se é outro Espírito?

— Pela natureza das comunicações. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. É sobretudo no estado sonambúlico ou de êxtase que o Espírito do médium se manifesta, pois então se acha mais livre. No estado normal é mais difícil. Há resposta, aliás, que não lhe podem ser atribuídas. Por isso é que te digo para observar e estudar.

Observação de Kardec: Quando uma pessoa nos fala, facilmente distinguimos o que é dela e o de que ela apenas se faz eco. Acontece o mesmo com os médiuns.

4. Desde que o Espírito do médium pôde adquirir,em existências anteriores, conhecimentos que esqueceu no seu corpo atual, mas dos quais se lembra como Espírito, não o pode tirar do fundo de si mesmo as idéias que parecem ultrapassar o alcance de sua instrução?

— Isso acontece muitas vezes nos casos de crise sonambúlica ou extática, mas ainda assim existem circunstâncias que não permitem a dúvida: estuda longamente e medita.

5. As comunicações do Espírito do médium são sempre inferiores às que pudessem ser dadas por outros Espíritos?

— Sempre, não, pois o Espírito comunicante pode ser de uma ordem inferior à do médium e nesse caso falará com menos sensatez. Vê-se isso no sonambulismo, pois sendo o Espírito do sonâmbulo o que freqüentemente se manifesta, no entanto diz algumas vezes coisas muito boas.

6. O Espírito comunicante transmite diretamente o seu pensamento ou tem como intermediário o Espírito do médium?


— O Espírito do médium é o intérprete, porque está ligado ao corpo que serve para a comunicação e porque é necessária essa cadeia entre vós e os Espíritos comunicantes, como é necessário um fio elétrico para transmitir uma notícia à distância, e na ponta do fio uma pessoa inteligente que a receba e comunique.

7. O Espírito do médium influi nas comunicações de outros Espíritos que ele deve transmitir?

— Sim, pois se não há afinidade entre eles, o Espírito do médium pode alterar as respostas, adaptando-as às suas próprias idéias e às suas tendências. Mas não exerce influência sobre os Espíritos comunicantes. É apenas um mau intérprete.

8. É essa a causa da preferência dos Espíritos por certos médiuns?

— Não existe outro motivo.Procuram o intérprete que melhor simpatize com eles e transmita com maior exatidão o seu pensamento. Se houver simpatia entre eles, o Espírito do médium será um antagonista que lhe oferecerá resistência, tornando-se um intérprete de má vontade e quase sempre infiel. Acontece o mesmo entre vós, quando as idéias de um sábio são transmitidas por um insensato ou uma pessoa de má fé.

9. Concebe-se que seja assim para os médiuns intuitivos, mas quando se trata de médiuns mecânicos?

— Não compreendestes bem a função do médium. Há uma lei que ainda te escapa. Lembra-te de que, para produzir o movimento de um corpo inerte o Espírito necessita do fluido animalizado do médium, de que se serve, por exemplo, para animar momentaneamente a mesa, fazendo-a obedecer à sua vontade. Pois bem, para uma comunicação inteligente ele necessita também de um intérprete inteligente, e esse intermediário é o Espírito do médium.

9 . a . Isto não parece aplicar-se às mesas falantes, pois quando estas e outros objetos inertes, como as pranchetas e as cestas, respondem de maneira inteligente, parece que o Espírito do médium não tem nenhuma participação?

— É um engano. O Espírito pode dar uma vida factícia momentânea a um corpo inerte, mas não a inteligência. Jamais um corpo inerte teve inteligência. É pois o Espírito do médium que recebe o pensamento sem o perceber e o transmite pouco a pouco, com a ajuda de diversos intermediários.

10. Parece resultar dessas explicações que o Espírito do médium não é jamais completamente passivo?

— Ele é passivo quando não mistura suas próprias idéias com as do Espírito comunicante, mas nunca se anula por completo. Seu concurso é indispensável como intermediário, mesmo quando se trata dos chamados médiuns mecânicos.

11. Não há maior garantia de independência no médium mecânico do que no médium intuitivo?

— Sem dúvida, e para algumas comunicações é preferível o médium mecânico. Mas, quando conhecemos as faculdades de um médium intuitivo, isso se torna indiferente, segundo as circunstâncias. Quero dizer que certas comunicações exigem menos precisão.

12. Entre os diferentes sistemas propostos para explicar os fenômenos espíritas há um que pretende estar a verdadeira mediunidade nos corpos inertes, por exemplo, na cesta ou na caixa de papelão que serve de instrumento. O Espírito comunicante se identificaria com o objeto e o tornaria não somente vivo, mas também inteligente, do que resulta a designação de médiuns inertes para os objetos. Que pensas disso?

— Só se tem a dizer o seguinte: se o Espírito transmitisse inteligência à caixa e lhe desse vida, ela escreveria sozinha, sem o concurso do médium. Seria estranho que o homem inteligente virasse máquina e um objeto inerte se tornasse inteligente. É um dos numerosos sistemas surgidos de idéias preconcebidas e que vão caindo diante da experiência e da observação.

13. Um fenômeno bem conhecido poderia tornar admissível a ideia de existir, os corpos inertes assim animados, mais do que a vida e até mesmo do que a inteligência. É o das mesas, cestas etc., que exprimem, nos seus movimentos, a cólera ou a afeição?

— Quando um homem colérico sacode uma bengala não é esta que se acha encolerizada, nem mesmo a mão que a segura, mas o pensamento que dirige a mão. As mesas e as cestas não são mais inteligentes do que a bengala. Não têm nenhum sentimento inteligente, mas obedecem a uma inteligência. Numa palavra: não é o Espírito que se transforma em cesta, nem mesmo escolhe a cesta para nela se abrigar.

14. Se não é racional atribuir inteligência a esses objetos, pode-se considerá-los como uma variedade de médiuns, designando-o por médiuns inertes?


15. Os Espíritos só têm a linguagem do pensamento, não a articulada, e portanto usam apenas uma língua. Assim, um Espírito poderia exprimir-se por via mediúnica numa língua que nunca falara quando vivo. Nesse caso, de onde tira as palavras que emprega?

— Já respondeste a pergunta por ti mesmo, ao dizer que os Espíritos só tem uma língua, que é a do pensamento. Todos compreendem essa língua, tanto os homens como os Espíritos. Ao dirigir-se ao Espírito encarnado do médium, o Espírito errante não fala em francês nem em inglês, mas na língua universal do pensamento. Para traduzir as suas idéias numa linguagem articulada, transmissível, e ele utiliza as palavras do vocabulário do médium.

16. Se for assim, o Espírito só deveria exprimir-se na língua do médium, mas sabe-se que escreve em línguas que lhe são desconhecidas. Não há nisso uma contradição?

— Observe-se primeiro que nem todos os médiuns são igualmente aptos a esse gênero do exercício. Em seguida, que os Espíritos só se prestam a ele acidentalmente, quando julgam que isso pode ser útil. Para as comunicações usuais, de certa extensão, preferem servir-se de uma língua familiar ao médium, que lhes apresenta menos dificuldades materiais a superar.

17. A aptidão de certos médiuns para escreverem numa língua estranha não provém do fato de a terem usado noutra existência, conservando-a na atual em forma intuitiva?

— Certamente isso pode acontecer, mas não é uma regra. O Espírito pode, com algum esforço, superar momentaneamente a resistência material. É o que se verifica quando o médium escreve, na sua própria língua que não conhece.

18. Uma pessoa que não sabe escrever, poderia fazê-lo como médium?

— Sim, mas compreende-se que haverá grande dificuldade mecânica a vencer, pois a mão não está habituada aos movimentos necessários para formar as letras. Acontece o mesmo com os médiuns desenhistas que não sabem desenhar.

19. Um médium de inteligência bem reduzida poderia transmitir comunicações de ordem elevada?

— Sim, pela mesma razão que um médium pode escrever numa língua que não conhece. A mediunidade propriamente dita independe da inteligência, como das qualidades morais. Na falta de melhor instrumento o Espírito pode servir-se do que tem à mão. Mas é natural que, para as comunicações de certa ordem, prefira o médium que lhe oferece menos obstáculos materiais. E há ainda outra consideração: o idiota freqüentemente só é idiota pela imperfeição dos seus órgãos, pois o seu Espírito pode ser mais adiantado do que se pensa. Tens a prova disso por algumas evocações de idiotas mortos ou vivos.

Observação de Kardec: Este é um fato comprovado pela experiência. Numerosas vezes evocamos Espíritos de idiotas vivos, que deram provas patentes de sua identidade, respondendo-nos de maneira muito sensata e até mesmo superior. Esse estado é uma punição para o Espírito, que sofre com o constrangimento em que se encontra. Um médium idiota pode oferecer, pois, algumas vezes, ao Espírito que deseja manifestar-se, maiores recursos do que se pensa. (Ver Revista Espírita de julho de 1860, artigo sobre Frenologia e Fisiognomia.)

20.Como se explica à aptidão de certos médiuns para escrever em versos, apesar de sua ignorância em matéria de poesia?

— A poesia é uma linguagem. Eles podem escrever em versos como podem fazê-lo numa língua que desconhecem. Além disso podem ter sido poetas em outra existência. Como já disse, os conhecimentos adquiridos nunca se perdem para o Espírito, que deve atingir a perfeição em todas as coisas. Assim, o que eles souberam no passado lhes dá, sem que o percebam, uma facilidade que não possuem no estado habitual.

21.É o mesmo caso dos que têm aptidão especial para o desenho e a música?

— Sim. O desenho e a música são também forma de expressão do pensamento. Os Espíritos se servem dos instrumentos que lhes oferecem mais facilidades.

22. A expressão do pensamento pela poesia, o desenho ou a música depende unicamente da aptidão do médium ou também do Espírito comunicante?

— Algumas vezes do médium, outras do Espírito. Os Espíritos superiores possuem todas as aptidões, os Espíritos inferiores têm conhecimentos limitados.

23. Por que motivo um homem dotado de grande talento numa existência não o possui na seguinte?

— Não é sempre assim, pois muitas vezes ele aperfeiçoa numa existência o que começou na anterior. Mas pode acontecer que uma faculdade superior adormeça durante certo tempo para facilitar o desenvolvimento de outra. Será um germe latente que mais tarde germinará de novo, mas do qual sempre haverá alguns sinais ou pelo menos uma vaga intuição.