sábado, 26 de março de 2016

Mensagem: Inconveniência mediùnica



Kardec descreve certos inconvenientes sob a mediunidade.
Pessoas de cabeça fraca e que se deixam levar pelas emoções, que se impressionam facilmente com certos fenômenos achando que tudo é verdade, não sabendo separar o joio do trigo; distinguir as comunicações verdadeiras das mistificações.
Dando a imaginação fértil a tudo que ocorre, acabando por destrambelhar ao lado de Espíritos Zombeteiros e aproveitadores.
Já em crianças não devemos despertar tal atividade medianímica, devido à imaginação dada as fantasias das quais elas têm.
Isso as torna alvo mais fácil ainda de Zombeteiros, salvo se ela já nasceu com as faculdades medianímicas despertadas como a clarividência e a clariaudiência.


                                                                                                     Ditado pelo Espírito: Jonas 

                                                                                                    Psicografia: Felipe Silvestre

sábado, 19 de março de 2016

A Cultura do Terror no Terreiro

 por Fraternidade Espírita Monsenhor Horta

Quem nunca ouviu por aí discursos inflamados de pais-de-santos e “sacerdotes” dizendo que se o filho sair de casa, tudo na sua vida irá desmoronar? E quando os mesmos supostos dirigentes dizem que as entidades vão abandonar o médium ou que estarão aprisionadas no terreiro? E aqueles dirigentes que colocam nas costas dos médiuns todas as culpas e desculpas sobre as coisas erradas que ocorrem na casa?

Essa cultura ao terror, um terrorismo de fato, feito no terreiro é algo recorrente desde épocas imemoriais. Não quero me ater as questões básicas da cultura e de como isso foi enraizado no meio espiritualista, principalmente os de influência afro-brasileiras, mas há um “quê” cultural nisso tudo.

Os terreiros em geral seguem um padrão muito próximo do monárquico, como eu já abordei no texto A Hierarquia Dentro do Terreiro. Talvez, venha daí grande parte dessa cultura, mas não é só isso.

Eu analiso as coisas de uma forma diferente, analiso que é uma transferência de responsabilidades. Justamente por essa pirâmide de poderes monárquica, o dirigente deve saber que ELE é o grande responsável por tudo o que ocorre dentro do terreiro. Os médiuns, em sua maioria, também são espíritos em sofrimento, presos na matéria, procurando a sua evolução. Não que o dirigente também não o seja, mas se ele recebeu a MISSÃO de dirigente do ASTRAL, deve ser porque o plano espiritual sabia que ele poderia carregar essa cruz.

Então, deixemos de nos cegar com a luz dos outros e passemos a olhar para nossas trevas interiores. Procurando nos melhorar. Dirigente, tenha consciência de que se sua corrente está fraca, a responsabilidade é sua. Se os médiuns estão animizando, a responsabilidade é sua. Se a casa está obsedada, a responsabilidade é sua.

Temos visto muitas casas caírem completamente, fecharem as portas e alguns dirigentes até mesmo mudarem de religião. O que ocorre é o seguinte, muitas pessoas  se autointitulam sacerdotes de umbanda após fazer um curso express de sacerdócio, com carga horária de 72 horas e se julgam aptos a segurar a onda. Porém, nem sequer possuíam a missão de sacerdócio e nem sequer se prepararam corretamente.

Já abordamos também isso em outros textos: Sacerdócio é um chamado, não é festa  e Eu, Dirigente Espiritual.

Não é questão de criar uma CASTA de pessoas escolhidas, mas sim a questão de serem pessoas preparadas tanto materialmente, quanto espiritualmente, para serem pilares de uma casa. Pois como podemos encontrar em Lucas 12:48

“De todo aquele a quem muito é dado, muito será requerido; e daquele a quem muito é confiado, mais ainda lhe será exigido.”

Finalizando esse artigo deixo claro que ninguém, nem o mais poderoso sacerdote, pode PRENDER suas entidades ou INVALIDAR sua liberdade de escolha, pois quem manda mais é DEUS e ele lhe concedeu essa liberdade. Não deixe-se contaminar pela cultura do terror, porém também não seja um omisso com suas responsabilidades espirituais. Para tudo deve haver equilíbrio, principalmente àqueles chamados a servirem no exército de Jesus, o Oxalá encarnado.

Quando o Tarô "faz mal"

Giancarlo Kind Schmid


De vez em quando me deparo com postagens onde leio desabafos de consulentes (atendidos por outros tarólogos), falando mal do profissional ou do próprio tarô. São linhas textuais cheias de mágoas, indignação; se não maldizendo o profissional, acusando a prática de interferir no futuro, às vezes, de forma negativa. O discurso religioso costuma se aproveitar dessas brechas para se apropriar de tal condição para, então, acusar o tarô (e outros oráculos), de práticas demoníacas.


Me perguntaram certa vez se o tarô era capaz de fazer mal. Ora, a coisa é bastante simples ao meu ver: até mesmo se você beber água demais ou estiver esfomeado e comer muito e apressadamente, te fará mal. Então, com o tarô não será diferente. Porém, não é o inofensivo baralho que, encerrado em suas imagens simbólicas, baterá à porta do consulente para infernizar-lhe a vida: é o tarólogo, o responsável pelos recados que o ditoso maço de cartas possibilita. E o tarólogo, esse sim, pode ser um bom ou mau profissional – isso acontece em qualquer área, campo profissional, desde um médico, psicólogo, enfermeiro a um advogado. Devo lembrar que o consulente entra com sua parcela de responsabilidade ao escolher o profissional que fará a leitura, então, o crédito vai para quem indicou, os critérios de escolha do profissional ou apenas a propaganda que atraiu o consulente. Vale também lembrar que nenhum tarólogo fica batendo de porta em porta oferecendo atendimentos e todo mundo já é grandinho o bastante para responder pelas escolhas que faz (ou fez).
Falando dos malefícios de um atendimento de tarô, enumerei dez tópicos para reflexão e ponderação tanto dos profissionais quanto dos consulentes:
1) O tarô faz mal quando o consulente faz de seu tarólogo a sua última e única saída – nenhum profissional é um Deus para resolver a vida de ninguém, ainda mais num único atendimento;
2) O tarô faz mal quando o consulente acha que o atendimento vai responder o que ele quer ouvir (e deve ser atendido por estar pagando) – então, de um simples mal-estar a sintomas de raiva podem ser experimentados;
3) O tarô faz mal quando o consulente é orientado a não tomar certas decisões e faz tudo ao contrário – se a pessoa se deu mal, foi única e exclusivamente por sua teimosia e ignorância;
4) O tarô faz mal quando o tarólogo se coloca acima de tudo e de todos acreditando ter poder absoluto sobre acontecimentos e vida do consulente – o tarólogo é um simples tradutor e não pode (e nem deve) se colocar na consulta como em um jogo de xadrez;
5) O tarô faz mal quando se confunde religião com a prática, fazendo uma "salada" de conceitos ou ideias – o tarólogo deve respeitar o credo de cada um e nunca impor o seu;
6) O tarô faz mal quando o tarólogo adota uma abordagem fatalista onde tudo parece definitivo, imutável e irreversível – muitos consulentes são influenciáveis e suscetíveis, portanto, todo cuidado é pouco;
7) O tarô faz mal quando se visa poder, dinheiro, fama exclusivamente pelo tarô – alçado a objeto meramente comercial, o praticante se torna puro mercenário e coloca as necessidades do consulente em último lugar
8) O tarô faz mal quando o tarólogo promete "mundos e fundos" ao consulente sem condição de cumprir qualquer coisa – o profissional não deve vender sonhos e sim, uma realidade compatível com o aprendizado do consulente;
9) O tarô faz mal quando o tarólogo escarnece da prática e desrespeita outros profissionais – é preciso ter cuidado entre ter humor e se desqualificar, zombando;
10) O tarô faz mal quando parece que, ao olhar do público, é o "segredo dos segredos" ao qual só uns poucos podem ter acesso ao conhecimento – o tarô para fazer um verdadeiro bem deve ser universalizado e utilizado como recurso transformador do ser.
Que mal o tarô poderá fazer? O mal só reside em um só lugar: na ignorância humana.


sábado, 12 de março de 2016

Oração a Santa Rita

Ó poderosa e gloriosa Santa Rita chamada Santa das causas impossíveis, advogada dos casos desesperados, auxiliadora da última hora, refúgio e abrigo da dor que arrasta para o abismo do pecado e da desesperança, com toda a confiança em Vosso poder junto ao Coração Sagrado de Jesus, a Vós recorro no caso difícil e imprevisto, que dolorosamente oprime o meu coração.
(Faça seu pedido)

Obtenha a graça que desejo, pois sendo-me necessária, eu a quero. Apresentada por Vós a minha oração, o meu pedido, por Vós que sois tão amada por Deus, certamente será atendido. Dizei a Nosso Senhor que me valerei da graça para melhorar a minha vida e os meus costumes e para cantar na Terra e no Céu a Divina Misericórdia.

Santa Rita das causas impossíveis, intercedei por nós! Amém.

sábado, 5 de março de 2016

O Imperador na Viagem do herói -O pai terreno

O Imperador representa: a estrutura, a ordem, a clareza, a realidade. Como patriarca é a garantia  de segurança e ordem quanto a portador de grande responsabilidade. Com o fim do modelo de pai do inicio do séc. XX muitos acham que esses valores caíram por terra. Mas esquecem que ele apenas é uma força que transforma a realidade em idéias. Os deveres e objetivos. Ele é o que faz ele é o que realiza, é o que sabe como fazer “pregos com cabeça”. E com tudo isso, ele não é hostil à vida, do que muitas vezes é acusado injustamente, segura em usa mão direita a cruz Ankh, a cruz do Egito antigo, que simboliza a ligação entre o masculino e o feminino. É uma força que protege a vida, uma força que a mantém.


Arquétipo: O pai(estado de pai);
Tarefa:Concretizar ideias,intenções e até mesmo desejos há muito acalentados de forma consequente.Perseverança.;
Objetivo: Criar a ordem e um ambiente seguros, estrutura e capacidade de resistência;
Risco:Teimosia,perfeccionismo,endurecimento e rigidez;
Disposição íntima :Consciência da responsabilidade,manutenção do fio vermelho, apego à realidade e a sobriedade.

O Livro dos Espíritos -2 ° Parte: Cap. 4 : Pluralidade das Existências -Ítem: V III Semelhanças Físicas e Morais



207. Os pais transmitem aos filhos, quase sempre, semelhança física. Transmitem também semelhança moral?

   Não, porque se trata de almas ou Espíritos diferentes. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito. Entre os descendentes das raças, nada mais existe do que consanguinidade.

207 – a) De onde vêm as semelhanças morais que existem às vezes entre os pais e os filhos?

     São Espíritos simpáticos, atraídos pela afinidade de suas inclinações.

208. O Espírito dos pais não exerce influência sobre o do filho após o nascimento?

    Exerce, e muito, pois, como já dissemos, os Espíritos devem concorrer para o progresso recíproco. Pois bem: o Espírito dos pais tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação; isso é para ele uma tarefa. Se nela falhar, será culpado.




209. Por que pais bons e virtuosos têm filhos perversos? Ou se;a, por que as boas qualidades dos pais não atraem sempre, por simpatia, bons Espíritos como filhos?

     Um mau Espírito pode pedir bons pais, na esperança de que seu conselhos o dirijam por uma senda melhor, e muitas vezes Deus o atende.

210. Os pais poderão, pelos seus pensamentos e as suas preces atrair para o corpo do filho um bom Espírito, em lugar de um Espírito inferior?

     Não. Mas podem melhorar o Espírito da criança a que deram nascimento e que lhes foi confiada. Esse é o dever; filhos maus são uma prova para os pais.

211. De onde vem a semelhança de caráter que existe freqüentemente entre os irmãos, sobretudo entre os gêmeos?

    Espíritos simpáticos, que se aproximam pela similitude de seus sentimentos eque se sentem felizes de estar juntos.

212. Nas crianças cujos corpos nascem ligados, e que têm certos órgãos comuns, há dois Espíritos, ou seja, duas almas?

      Sim, mas a sua semelhança faz que muitas vezes não vos pareçam mais do que uma.

213. Mas se os Espíritos se encarnam nos gêmeos por simpatia, de onde lhes vem a aversão que, às vezes, se nota entre eles?

     Não é uma regra que os gêmeos tenham de ser Espíritos simpáticos; Espíritos maus podem querer lutar juntos no teatro da vida.

214. Que pensar das histórias de crianças que lutam no ventre da mãe?

      Imagem! Para figurar que o seu ódio era muito antigo, fazem-no remontar à fase anterior ao nascimento. Geralmente não percebeis bem as imagens poéticas.


215. De onde vem o caráter distintivo que se observa em cada povo?

     Os Espíritos também formam famílias pela similitude de suas tendências, mais ou menos purificadas, segundo a sua elevação. Pois bem, um povo é uma grande família em que se reúnem Espíritos simpáticos. A tendência a se unirem que têm os membros dessas famílias é a origem da semelhança que determina o caráter distintivo de cada povo. Acreditas que Espíritos bons e humanos procurarão um povo duro e grosseiro? Não. Os Espíritos se simpatizam com as coletividades, como se simpatizam com os indivíduos. Procuram o seu meio.



216. O homem conserva, em suas novas existências, os traços do caráter moral das existências anteriores?

    Sim, isso pode acontecer. Mas, ao melhorar-se, ele se modifica. Sua posição social também pode não ser a mesma. Se de senhor ele se torna escravo, suas inclinações serão muito diferentes e teríeis dificuldades em reconhecê-lo. O Espírito sendo o mesmo, nas diversas encarnações, suas manifestações podem ter, de uma para outra, certas semelhanças. Estas, entretanto, serão modificadas pelos costumes da nova posição, até que um aperfeiçoamento notável venha a mudar completamente o seu caráter, pois de orgulhoso e mau pode tornar-se humilde e humano, desde que se haja arrependido.

217. Nas suas diferentes encarnações, o homem conserva os traços do caráter físico das existências anteriores?

     O corpo é destruído e o novo corpo não tem nenhuma relação com o antigo. Entretanto, o Espírito se reflete no corpo. E embora seja apenas matéria, é modelado pelas qualidades do Espírito, que lhe imprimem um certo caráter, principalmente ao semblante, sendo pois com razão que se apontam os olhos como o espelho da alma, o que quer dizer que o rosto, mais particularmente, reflete a alma. Porque há pessoas excessivamente feias, que, no entanto, têm alguma coisa que agrada, quando encarnam um Espírito bom, sensato, humano, enquanto há belos semblantes que nada te despertam, ou até mesmo provocam a tua repulsa. Poderias supor que só os corpos perfeitos envolvem Espíritos mais perfeitos que eles, quando encontras, todos os dias, homens de bem sob aparências disformes? Sem uma parecença pronunciada, a semelhança dos gostos e das tendências pode dar, portanto, aquilo que se chama um ar de conhecido.

Comentário de Kardec: O corpo que reveste a alma numa nova encarnação, não tendo nenhuma relação necessária com o anterior, pois que pode provir de origem muito diversa, seria absurdo supor-se uma sucessão de existências ligadas por uma semelhança apenas fortuita. Não obstante, as qualidades do Espírito modificam quase sempre os órgãos que servem para as suas manifestações, imprimindo no rosto, e mesmo no conjunto das maneiras, um cunho distintivo. É assim que, sob o envoltório mais humilde, pode encontrar-se a expressão da grandeza e da dignidade, enquanto, sob o hábito do grande senhor, se vêem, algumas vezes, a da baixeza e da ignomínia. Certas pessoas, saídas da mais ínfima posição, adquirem sem esforço os hábitos e as maneiras da alta sociedade, parecendo que reencontram o seu elemento, enquanto outras, malgrado seu nascimento e sua educação, estão ali sempre deslocados. Como explicar esse fato de outra maneira, senão pelo reflexo daquilo que o Espírito foi?